São Paulo, sábado, 18 de outubro de 1997
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Preço de alimentos sobe nos supermercados

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os efeitos da entressafra de alguns produtos agropecuários começam a pesar no bolso dos paulistanos.
Nesta semana, os supermercados aumentaram, em média, em 0,68% os preços, enquanto nos hipermercados a alta foi de 0,53%. Na semana anterior os preços tinham caído 0,74% e 1,21%, respectivamente.
A pressão entre os alimentos ocorre principalmente nos setores de carne, cereais, hortifrútis e massas. Já entre os produtos não-alimentícios, a alta ficou com os de higiene, que subiram 2,1%.
A carne bovina teve reajuste médio de 1% na semana, com alguns tipos de corte tendo alta de até 6%, segundo dados do Datafolha. O aumento de preços nos supermercados é reflexo da pressão ocorrida no atacado.
Tradicionalmente, este é um período de redução de oferta de boi, com a consequente elevação dos preços. Nesta segunda quinzena do mês os preços já atingiram R$ 28 a arroba, com alguns pecuaristas retardando as vendas à espera de preço maior nas próximas semanas.
Outro produto que está ficando mais caro no campo é o arroz. Os estoques estão diminuindo e a próxima safra só chega ao mercado a partir de fevereiro.
Apesar da relutância do varejo em pagar mais pelo produto, os consumidores vão ter de absorver novos aumentos, segundo o analista de mercado Romeu Fiod. O aumento médio nesta semana foi de 3,5% para o agulhinha tipo dois.
O feijão também registrou alta na semana, tendência que não deve persistir nas próximas porque a oferta está melhorando.
Os produtos de higiene registraram as maiores pressões, com alguns itens tendo reajustes de até 3,1% na semana, como ocorreu com o papel higiênico.
Esses dados fazem parte da pesquisa do Datafolha que acompanha semanalmente o comportamento de cem itens em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo.

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