São Paulo, domingo, 19 de outubro de 1997
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Comerciantes vizinhas têm histórias opostas

DA REPORTAGEM LOCAL

Os vizinhos de um ponto considerado "micado" geralmente dão o mesmo diagnóstico: é um local que passa pela mão de vários donos (e nenhuma atividade comercial dá certo) e, não raro, fica meses a fio sob a placa de "aluga-se" ou "vende-se".
Mas o que dizer, então, de dois pontos praticamente colados e com histórias opostas?
Uma loja se mantém firme há anos; outra durou pouco mais de seis meses na última atividade.
Esse é o caso das vizinhas Rosana Munhoz, 41, e Heloisa Doria Macedo, 55, comerciantes da rua Dr. Melo Alves, nos Jardins (zona sudoeste de São Paulo).
Rosana havia alugado seu ponto comercial por R$ 1.500 para montar uma butique e, antes de passar sete meses, percebeu que o negócio não estava indo de acordo com seus planos.
Quando surgiu a oportunidade para trabalhar como representante da Casa Louvre, que oferece artesanatos de bronze e latão sob encomenda, ela não pensou duas vezes. Retirou as roupas da loja, investiu cerca de R$ 3.000 para dar cara nova ao local e mudou de ramo.
Atuando há três meses na nova atividade, Rosana afirma que a previsão de faturamento é quase o dobro do que conseguia antes com a butique: R$ 5.000.
"O sucesso depende da persistência do proprietário e da busca para atender as exigências dos clientes", diz.
Sucesso
Já Heloisa, dona da Girassol, loja de confecções e artigos para cama, mesa e banho, está há 17 anos no mesmo local.
"Eu fiz o ponto. Resolvi investir na qualidade e no preço do produto, tive sorte, e o negócio deu certo", diz Heloisa.
Mesmo assim, ela afirma que acredita em pontos azarados. "É preciso contar com a sorte."
"Quando o ponto é 'azarado', o microempresário pode fazer de tudo que o negócio não vai para frente".

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