São Paulo, terça-feira, 21 de outubro de 1997 |
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Câmara propõe manter perueiro legalizado
ROGÉRIO GENTILE
Em contrapartida, os perueiros não fariam nenhum tipo de protesto em frente à Câmara Municipal, hoje. Segundo o presidente, depois disso seriam feitas discussões entre prefeitura, Câmara e perueiros para tratar de um possível recadastramento. A proposta foi feita em uma reunião marcada para discutir o projeto do vereador Natalício Bezerra (PTB) que extingue a atividade na cidade. O projeto chegou a ser discutido na quinta-feira passada, mas uma manifestação de perueiros fez com que a votação fosse adiada para hoje. As associações de perueiros dizem que aceitam discutir a proposta de recadastramento, desde que o projeto de Bezerra não seja votado hoje. "Precisamos dessa garantia", disse Haroldo Mariano. O presidente da Câmara afirmou que o projeto será votado hoje e que não aceita a exigência feita pelas associações. A proposta de Rodolfo manteria o direito de 2.700 motoristas credenciados e outros cerca de 1.000 que já têm licença provisória. Representantes dos perueiros tentaram demover o presidente da Câmara de levar o projeto, mesmo com a emenda, à votação. Até as 19h25, não havia acordo. Caso o projeto seja aprovado, devem ocorrer protestos em frente ao prédio do Legislativo. "Se o projeto realmente for aprovado, não terei como segurar a categoria, que é muito grande. Poderão ocorrer conflitos com taxistas e apedrejamento de ônibus", diz o presidente da ATA (Associação dos Transportadores em Autolotação) da zona oeste, Haroldo Mariano. "Mas os perueiros teriam de começar a oferecer um serviço organizado durante todo o dia e com linhas fixas", disse Rodolfo. Segundo as associações, a cidade tem condições de suportar até 8.000 perueiros. As associações estimam que existam 15 mil hoje, mas muitos seriam de outras cidades e fariam rotas intermunicipais. "Nós faremos dois turnos com 4.000 pessoas em cada um deles, para garantir o serviço regular das 5h à 0h", disse Haroldo. O líder do PT na Câmara, vereador Arselino Tatto, informou ontem que o partido vai apresentar um projeto substitutivo, garantindo o serviço para quem está legalizado. O projeto exige que os perueiros mantenham as garantias sociais (como a cobrança de metade da tarifa para estudantes e a isenção para idosos) e proíbe a contratação de crianças como cobradores. Texto Anterior: Carros podem ter teste único em SP Próximo Texto: Ônibus vão parar às 14h Índice |
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