São Paulo, terça-feira, 21 de outubro de 1997
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Ônibus vão parar às 14h

MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo decidiram ontem à noite em assembléia que devem paralisar cinco terminais a partir das 14h de hoje, até o término da votação na Câmara Municipal.
"Nossa manifestação não é contra os perueiros, mas em defesa do emprego", disse o diretor do sindicato dos condutores João Delfino de Jesus, o "Corujinha".
A sessão de votação da Câmara Municipal deve começar às 15h e pode se estender até o início da noite. Com isso, o retorno do paulistano do trabalho para casa deve ficar prejudicado.
Os motoristas pretendem parar os terminais Santo Amaro, Santana, Itaquera, Bandeira e Dom Pedro.
As manifestações de hoje devem tornar mais evidente a crise no comando do sindicato. Há uma divisão entre o atual presidente, José Alves do Couto Filho, o Toré, e os candidatos José Carlos da Silva e Gregório Poço.
Os três grupos prometem fazer protestos pacíficos, mas não descartam o uso de violência pelos oponentes.
"Não podemos falar em nome de 7.000 trabalhadores que devem parar hoje à tarde", disse Corujinha.
"O Toré não tem mais força nenhuma", afirma Silva. "Por isso vamos liderar a manifestação para defender os interesses da categoria."
Toré retornou ontem à noite da Bahia e garantiu que ainda controla a categoria. "Não sei quantos terminas nós vamos parar, mas estaremos marcando a nossa posição", disse.
A diretoria do sindicato afirma que 10% dos cerca de 55 mil motoristas e cobradores já estariam desempregados em decorrência dos perueiros.

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