São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 1997 |
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Privatização é "salvação" do Real, diz investidor
ANTONIO CARLOS SEIDL
Paulo Leme, vice-presidente do banco de investimentos Goldman Sachs, de Nova York, afirmou que isso confirma que a privatização é a "tábua de salvação" do Real. Stephen Rose, diretor da corretora Stephen Rose & Partners, de Londres, que pertence ao grupo Unibanco, disse que o mercado londrino foi, mais uma vez, "favoravelmente surpreendido" pelo tamanho do ágio na privatização. Paulo Leme disse que prevê um ágio entre 50% e 70% na privatização da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). Segundo Rose, o ágio da CPFL vai chegar a 100%. Leme disse que o sucesso do programa de privatização vai ajudar o governo Fernando Henrique Cardoso a enfrentar o maior desafio da economia brasileira nos próximos 12 meses. Esse desafio, afirmou, será como manter a moeda sobrevalorizada sob condições de um crescente déficit em conta corrente (o resultado de todas as transações do país com o exterior). Sem o ajuste fiscal e as reformas tributária e administrativa, cada vez mais difíceis em ano eleitoral, disse, o governo conta apenas com as privatizações para atrair financiamento externo e manter a confiança dos investidores. Segundo Leme, o anúncio da privatização da Telebrás, marcada para junho de 98, foi positivo para a confiança dos investidores estrangeiros no Brasil. Um exemplo disso foi a colocação bem-sucedida de títulos de empresas brasileiras, entre elas o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a Petrobrás, no mercado internacional, onde levantaram US$ 550 milhões esta semana. O sucesso da privatização, disse, tem um "efeito catalítico" na atração de capitais para o país. "A leitura dos investidores é a de que o governo tem total compromisso e empenho em privatizar o mais rapidamente possível." Texto Anterior: CPFL deve ser disputada por até 5 grupos, diz secretário Próximo Texto: Vendas renderam R$ 13 bi em 97 Índice |
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