São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 1997
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Vendas renderam R$ 13 bi em 97

DA SUCURSAL DO RIO

As privatizações brasileiras, federais e estaduais, este ano renderam até ontem um total de R$ 13,12 bilhões, o maior valor já obtido em um só ano com privatizações no país. Pelas contas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), gestor das privatizações federais e assessor das estaduais, o valor alcança R$ 21,83 bilhões.
Para chegar a esse número, o banco somou às privatizações feitas a dívida de R$ 3,7 bilhões que a Vale tinha quando foi vendida e os R$ 5,01 bilhões que o governo obteve com a venda de concessões de cinco áreas para exploração da banda B da telefonia celular.
Segundo Tereza Cristina Aquino, superintendente de desestatização do BNDES, da mesma forma que o governo abate da sua dívida o preço obtido com a venda da empresa, ele deixa de ser responsável pelos débitos que a empresa privatizada tinha e que foram transferidos para o novo dono.
Por esse raciocínio, o comprador paga pela estatal o valor desembolsado mais a dívida assumida.
Quanto às concessões da banda B, Aquino disse que, embora elas não representem privatizações de empresas, o governo está concedendo para o setor privado o direito de investir em uma área que era basicamente estatal.
A maior privatização realizada este ano foi da Companhia Vele do Rio Doce, com um total de R$ 3,34 bilhões arrecadados no leilão, mais R$ 179 milhões na oferta aos empregados. A Vale foi a maior privatização já feita no Brasil.
A venda da Vale, ainda não concluída na totalidade, foi a principal responsável pelos R$ 4,3 bilhões obtidos este com privatizações federais.

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