São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 1997
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PF investiga agência com maior verba

DA REPORTAGEM LOCAL

A Propeg está envolvida em um inquérito em curso na Polícia Federal de São Paulo que investiga a emissão de notas fiscais falsas.
As notas foram encontradas em blitz realizada este mês na gráfica Izar Artes Gráficas, que fica na Vila Mariana (zona sul de São Paulo).
As notas falsas registravam despesas com prestação de serviços inexistentes da Propeg para o grupo empresarial Monte Cristo, além de outras empresas como a OAS.
Na gráfica, a PF apreendeu notas fiscais no valor total de R$ 1,1 milhão em nome da Propeg. As notas foram registradas como referentes a "serviços prestados de produção e criação para diversas campanhas de prospecção de clientes".
Em depoimento à PF, a ex-tesoureira do grupo Monte Cristo, Maria Delfina Fazzani, afirmou que as notas "seguiam o esquema geral de emissão fraudulenta, iniciada pela falsidade material do documento, conjugada com a falsidade ideológica das informações".
Nas notas da Propeg aparece o nome de Victor Hugo Castanho, ex-funcionário da Prefeitura de São Paulo e que recebeu R$ 100 mil do esquema irregular de emissão de títulos em Santa Catarina.
Anteontem, o presidente da Propeg, Rodrigo Menezes, afirmou que a Monte Cristo é uma das fornecedoras da sua agência, mas que não tem informação sobre as notas frias. "Fiquei surpreso com a notícia dessas notas e determinei que o departamento financeiro faça uma investigação", disse.
Ontem, no final da tarde, a assessoria de imprensa da Propeg afirmou que Menezes estava em uma reunião fora da empresa e não poderia informar sobre o resultado da investigação.

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