São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 1997
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PPB faz convenção para ratificar apoio a FHC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A cúpula do PPB quer evitar disputas internas e aproveita a convenção nacional de hoje para marcar definitivamente sua adesão à coligação que vai tentar a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso.
A disputa pelo cargo de vice-presidente é a única ameaça à unidade do partido. Paulo Maluf (SP), que será eleito presidente da legenda, quer o deputado Delfim Netto (SP) na vice-presidência. Deputados do Nordeste querem um parlamentar da região no cargo.
"Acho que vai prevalecer o bom senso. Vou atuar para que haja o mínimo de alteração possível. Essa convenção deve ser uma festa, um momento de afirmação do partido", disse ontem o presidente nacional do PPB, Esperidião Amin.
Os parlamentares nordestinos querem o deputado Pedro Corrêa (PE) na vice-presidência. O secretário-geral do PPB, deputado Benedito Domingos (DF), acha que a proposta será rejeitada. "O Delfim é um candidato de peso", disse.
A convenção terá início às 9h. O apoio a FHC é tão certo que a cúpula do partido marcou para as 11h uma visita ao Palácio do Planalto. Os líderes do PPB vão dizer a FHC que desejam participar da coligação e do comando da campanha presidencial. O PSDB não quer Maluf no comando da campanha, porque isso enfraqueceria o candidato do partido em São Paulo.
Maluf foi o líder do PPB que mais resistiu à adesão a FHC. Só cedeu quando percebeu que tinha poucas chances em uma disputa para a Presidência da República. Optou por disputar o governo de São Paulo.
Trabalharam pelo apoio ao governo o ministro Francisco Dornelles (Indústria e Comércio), Amin e o líder do PPB na Câmara, Odelmo Leão (MG).
Na votação da emenda da reeleição, Amin e Dornelles estiveram ao lado do governo. Odelmo seguiu a orientação de Maluf e trabalhou contra a emenda. Ficou politicamente desgastado com o governo, mas se recuperou agora.

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