São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 1997 |
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Venda cai até 30% em SP
FÁTIMA FERNANDES
Lojas chegaram a registrar queda de até 30% nas vendas na comparação com as de uma segunda-feira normal. Na Casas Bahia, a retração nas vendas foi da ordem de 20%. "O pacote assustou o consumidor, que já está com medo de se endividar por causa da alta dos juros", diz Michael Klein, diretor. Segundo ele, a sua rede de lojas não mexeu nos juros -de 6,9% ao mês- mas, mesmo assim, registrou uma retração nas vendas desde que o governo dobrou os juros básicos da economia. Na Lojas Cem, a queda nas vendas durante o dia de ontem foi de 30% na comparação com as de uma segunda-feira normal. "Também não mexemos nos juros -que variam de 2,5% a 6,5% ao mês-, mas a expectativa criada em torno do pacote levou à queda nas vendas", diz Natale Dalla Vecchia, diretor. Ele confessa que esperava um pacote ainda mais duro. O IR (Imposto de Renda) da pessoa jurídica não aumentou e o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) incidiu sobre automóveis e bebidas. Girsz Aronson, diretor da G. Aronson, também admite que o susto foi menor do que o esperado. Ele prevê, no entanto, que as vendas da sua rede em novembro e dezembro devem cair de 10% a 15% por conta das medidas. A expectativa inicial era de faturar o mesmo do que em igual período de 1996. Para Eldo Moreno, diretor do Magazine Luiza, o impacto psicológico das medidas já é suficiente para desestimular o consumo. (FF) Texto Anterior: Comércio já prevê faturar 9% menos Próximo Texto: Governo corta pela metade projeção de crescimento; PIB subiria só 2% Índice |
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