São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 1997
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"Partido único", PRI desabou

GILSON SCHWARTZ
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

O ajuste econômico mexicano tem sido um sucesso. O país voltou a exibir fabulosos superávits no comércio exterior, a indústria voltou a crescer e os investimentos estrangeiros retornaram.
Mas tudo isso custou caro em termos de desemprego. A corrupção nos setores mais influentes da Presidência da República voltou à agenda nacional. E voltou também a desconfiança diante da taxa de câmbio, que vinha de novo passando por valorização.
O Partido Revolucionário Institucional (PRI), que dominou o Estado mexicano ao longo de quase todo o século, perdeu as eleições. Hoje, os partidos brigam para definir o tamanho do ajuste fiscal necessário. As eleições presidenciais mexicanas ocorrerão no ano 2000.
Ontem mesmo, analistas internacionais reunidos na capital mexicana concluíram que os partidos deveriam moderar sua atuação, pensando mais na formulação de um orçamento confiável para 1998. O seminário foi apropriadamente intitulado "México aos olhos de Wall Street". No foco das preocupações, a vitória das oposições nas eleições ocorridas no último dia 6 de julho. Susan Kaufman, do "Council of the Americas", destacou a necessidade de o México conquistar "estabilidade política, governabilidade e maior transparência em todas as decisões econômicas".
(GS)

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