São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Novo gabinete é a esperança

GILSON SCHWARTZ
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

A crise tailandesa é a mais antiga no ciclo recente, mas, depois de várias ondas de desvalorização cambial, quebra de instituições financeiras e pacotes fiscais, ainda não chegou ao fim. A nomeação de um novo primeiro-ministro, ou seja, uma reformulação política, talvez seja a última esperança antes de uma ditadura pura e simples.
Chuan Leekpai foi primeiro-ministro entre 1992 e 1995. Chavalit Yongchaiyudh renunciou na semana passada depois de 11 meses no poder e completamente paralisado pela crise. Em julho, quando a crise estourou, já se falava em entrega do poder aos militares. No país onde a crise foi mais grave, os riscos políticos são também os mais elevados, apesar de tudo o que já se fez para resgatar a confiança dos investidores.
Mas o primeiro-ministro anterior não caiu apenas por incapacidade. Na realidade, os tailandeses estão fazendo todo o possível para negociar com o FMI condições um pouco mais brandas de ajuste. O Fundo pressiona e, enquanto não tiver certeza de que o país vai seguir sua receita, não vai liberar o pacote de US$ 17,2 bilhões negociado depois da desvalorização do baht. O "Wall Street Journal", ontem, deu o recado: a maior preocupação dos analistas está na fuga dos investidores, assustados com a incapacidade de o governo gerenciar a crise.
(GS)

Texto Anterior: Oposição a Menem ganha força
Próximo Texto: Ajuste foi em troca de US$ 23 bi
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.