São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 1997 |
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"Foi milagre", afirma médico
OTÁVIO DIAS
Leia abaixo entrevista concedida à Folha por telefone de seu consultório em Cleveland, Ohio. * Folha - Como foi o encontro? Goodman - Eu tinha acabado de passear na montanha russa espacial e me dirigia para o banheiro dos homens, por volta das 21h. Então, uma mulher veio em minha direção e gritou, "Preciso de um médico". Entrei no banheiro das mulheres e vi outra mulher com um bebê nos braços. Folha - O que o sr. fez então? Goodman - Tirei o casaco e embrulhei o bebê. Ele estava azul, coberto de muco. A mulher me disse que ele não estava respirando. Percebi que ele estava respirando pouco. Também tinha fracos sinais de pulso. Liguei para a emergência e pedi um cobertor. Mas ele não estava melhorando, estava ficando mais azul. Então, pedi para alguém me dar um cordão de sapato e amarrei o cordão umbilical. Folha - Ele tinha acabado de nascer? Goodman - Deve ter nascido uns quatro minutos antes. Depois, peguei uma caneta, tirei a carga e usei a parte de fora para abrir a boca do bebê e puxar a secreção. Ele começou a respirar melhor e esperamos a ambulância. Folha - Se o sr. não estivesse lá, o que teria acontecido? Goodman - Não sei. Minha especialidade é medicina de família e estou acostumado a atender emergências, mas nunca passei por nada parecido. Na hora, não pensei em nada. Depois, comecei a chorar. Foi um milagre. (OD) Texto Anterior: Bebê é deixado em banheiro na Disney Próximo Texto: Tratamento pode evitar a menopausa, diz estudo Índice |
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