São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997
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CPI da Propina não é votada

DA REPORTAGEM LOCAL

A Câmara Municipal nem sequer discutiu ontem a possibilidade de incluir na pauta do dia a votação da CPI da Propina, para apurar denúncias de irregularidades envolvendo as administrações regionais e a própria Câmara.
A sessão ordinária de ontem foi encerrada pouco depois de ter sido iniciada, impossibilitando a votação da CPI.
Em seguida, foi iniciada a sessão extraordinária, que foi inteiramente ocupada com as discussões do projeto de privatização da zona azul. O projeto, de agosto do ano passado, foi elaborado pelo então prefeito Paulo Maluf.
O projeto também acabou não sendo votado. A votação deve ocorrer hoje.
Vereadores da oposição afirmam que a bancada governista fez mais uma manobra para emperrar a instalação da CPI.
"Eles (vereadores da bancada governista) encerraram a sessão ordinária justamente para não ter que votar a CPI", disse o vereador José Eduardo Cardozo (PT).
"Nós iríamos pedir a votação, mesmo sem saber se teríamos chance de conseguir aprovar a CPI", disse a vereadora Ana Maria Quadros (PSDB).
Segundo ela, se a comissão não for votada ainda esse mês, as chances de aprovação ficam ainda mais remotas em dezembro, em função das eleições para presidência da Casa e da votação do orçamento do ano que vem.
Assessores do presidente da Câmara, Nelo Rodolfo, negam a existência de manobras e dizem que a CPI não foi votada por falta de consenso dentro da bancada.

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