São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997 |
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ACM propõe taxação maior de importados
RAQUEL ULHÔA; LUIZA DAMÉ
A sugestão foi feita em reunião convocada por FHC para negar que tenha feito críticas ao Congresso, em solenidade no Palácio do Planalto. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), também participou. "Essas intrigas aparecem e os homens públicos não deveriam levá-las a sério", disse Temer. "Querem fazer intrigas entre o presidente da República e o Congresso. Mas o país deve estar acima disso", afirmou ACM. FHC pediu aos dois que apressem a votação das dez MPs (medidas provisórias) com as medidas de ajuste fiscal que estão sendo enviadas ao Congresso. ACM prevê cerca de 20 a 25 dias para aprovação e reafirmou a disposição dos parlamentares de derrubar o aumento do IR. FHC, segundo ACM e Temer, disse que o ideal é que a medida não seja alterada, mas afirmou que aceitaria modificações porque o Congresso é soberano. Importação Segundo o presidente do Senado, se o imposto de produtos importados for elevado em 2%, a arrecadação será a mesma prevista com o IR: R$ 1,2 bilhão. "Quem importa pode pagar mais", disse ACM. "Eu sugeri. O presidente não disse que sim nem que não. A equipe econômica deve analisar", afirmou. Ficou acertado que o governo vai enviar ao Congresso a MP prevendo o aumento do IR e que, durante a tramitação, os parlamentares vão discutir alterações. "O Congresso decidirá, na sua soberania, o que é melhor", afirmou Temer. Segundo ele, a preocupação é com o efeito do aumento do IR e com o desemprego. À tarde, o presidente do Senado havia endurecido o discurso contra o aumento do IR. Afirmou que vai lutar pela rejeição da medida, mesmo que o governo não encontre fontes alternativas de arrecadação e que, se perder a batalha, estará "com o povo brasileiro". "Estou cada vez mais convencido de que o aumento do Imposto de Renda não deve passar", disse ACM. "A posição do governo é de conciliar com o Congresso, até porque, na democracia, nada passa sem o Congresso." (RAQUEL ULHÔA e LUIZA DAMÉ) Texto Anterior: Tasso vê presidente e diz que pacote é inegociável Próximo Texto: Governo reduz verba de publicidade Índice |
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