São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997
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TV responsabiliza profissionais

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

O diretor de jornalismo da TV Liberal (afiliada à Rede Globo), Emanuel Villaça, disse ontem que o repórter e o cinegrafista entraram no presídio sem consultar a chefia de reportagem.
"A própria Rede Globo tem uma diretriz que proíbe a entrada dos profissionais em rebeliões de presídio, e os dois sabiam disso", disse Villaça, que acompanhou as operações na penitenciária.
"Isso é uma injustiça que fazem com meu filho. Parece que ele é irresponsável. Ele fazia com coragem o trabalho dele", disse o pai do repórter, Antônio Jatene.
Na manhã de anteontem, o repórter Rivan Jatene e o cinegrafista Paulo Roberto da Silva foram autorizados pelos presos a entrar com equipes das TVs Cultura e RBA (afiliada à Bandeirantes).
Na saída, os repórteres da Liberal foram retidos pelos rebelados e transformados em reféns.
"Ele (Jatene) cobre esta região há cinco anos. Já trabalhou em outras rebeliões e não teve problemas", declarou o pai.
A família do cinegrafista Silva disse que vinha recebendo apoio de psicólogos e assistentes sociais da emissora. O agente prisional Francisco de Assis Albuquerque, um dos reféns, trabalhava havia apenas três meses no presídio e ainda não recebeu o primeiro salário. "Amanhã (hoje), a contratação dele será publicada no Diário Oficial", afirmou o diretor do Sistema Penal, Alyrio Sabbá. O outro agente, Sérgio Dênis Lisboa, já era funcionário antigo do presídio.

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