São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997 |
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Venda de montadoras cai 43% nos dez primeiros dias do mês
JOÃO BATISTA NATALI
A queda foi de 43,4%, e traduz o impacto registrado pelo mercado com a alta dos juros. Cerca de três quartos dos veículos são vendidos ao consumidor a prestações. No início de outubro, foram vendidos às concessionárias 42.831 veículos, contra 24.203 este mês. Essa retração, por enquanto, não reflete os efeitos do pacote anunciado há quatro dias. No quadro das medidas que tentam salvar o real, o governo aumentou em 5% a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) da maior parte dos modelos produzidos pelo setor automotivo. O aumento passa a vigorar na segunda-feira. Um diagnóstico sobre a retração no setor foi elaborado pela Anfavea (o sindicato das montadoras) e entregue ontem em Brasília por seu presidente, Silvano Valentino, aos ministros Francisco Dornelles, da Indústria e Comércio, e Antonio Kandir (Planejamento). Valentino pediu aos dois ministros que o aumento do IPI fosse "reavaliado", com o argumento de que o governo arrecada menos -produzindo um efeito contrário ao desejado- quando diminui a produção de automóveis. Varejo No varejo (vendas ao consumidor), números extra-oficiais mostram que, para 38,2 mil unidades nos dez primeiros dias de outubro, foram vendidas 25,2 mil nos dez primeiros dias de novembro. A queda foi de 34%. As montadoras não se pronunciaram ontem sobre o assunto. Devem adotar um comportamento intermediário entre não-repasse ao consumidor da nova alíquota e uma majoração que compense a queda das vendas e o aumento dos custos. Texto Anterior: Mesmo com baixa, Arapuã não muda Próximo Texto: Bolsa de Valores de São Paulo teve 3 quedas no passado, todas de 89% Índice |
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