São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997 |
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Facão nas financeiras; Novos tempos; Volta atrás; Mantendo o pessoal; Noivado no varejo; Revendo estimativas; Perdendo peso; Setores eleitos; Freio puxado; Medindo o sufoco; Esperando para ver; Bons ventos; Adeus ano velho Facão nas financeiras As financeiras já começaram a demitir, informa Luiz Malheiro, do sindicato dos bancários. Zogbi, Mappin (do BBA) e Sofisa cortaram pessoal. A Reposit, empresa prestadora de serviço de análise de crédito, também cortou pessoal. Novos tempos O BBA demitiu todos os caixas, o setor de tesouraria e de cobrança da financeira Mappin. A Zogbi, informa Malheiro, havia feito grande contratação no mês passado. Volta atrás Malheiro estima que, se os juros continuarem no patamar atual até fevereiro, metade dos 35 mil funcionários das financeiras em São Paulo serão demitidos. "Vamos voltar para os patamares pré-Real", acredita. Mantendo o pessoal Osório Roberto Santos, diretor do ABN-Amro, informa que o banco, forte no setor de crédito, não tem planos de demitir. Noivado no varejo "O Brasil é a noiva predileta do varejo norte-americano. Todo mundo quer casar", diz Manuk Massendjian, diretor da Young & Rubicam. Mesmo com juros altos e pacote, a visão é positiva principalmente no setor de alimentos. Revendo estimativas Com nova linha de vídeos e TVs para o Natal, a Semp-Toshiba reviu números para 97. Esperava queda no faturamento de 10% contra 96. Agora, espera até 20%. A venda física, prevê, cai 15%. Perdendo peso A Daiwa Securities America reduziu o peso do Brasil na sua carteira de ações da América Latina, de 35% para 30%. A Argentina também perdeu participação -de 15% para 8%. O México ganhou -de 30% para 40%-, assim como o Chile -de 3% para 5%. Setores eleitos A Daiwa recomenda, na América Latina, ações no setor de telecomunicações, óleo e energia elétrica, "particularmente no Brasil." Freio puxado O Deutsche Morgan Grenfell recomenda a venda de ações do setor de autopeças brasileiro. Para a analista Raquel Abud, a performance do setor será afetada pelos altos juros, IPI maior dos automóveis, alta no preço da gasolina e queda na atividade econômica. Medindo o sufoco Para analistas, a Bolsa cumpre hoje em dia o mesmo papel que o ágio do "black" cumpria antes do Plano Collor: é um termômetro das expectativas. A queda ou a volatilidade (sintoma de nervosismo) não se explica pelo juro alto. Esperando para ver A Cruzeiro Factoring parou de operar anteontem. Os acionistas decidiram não injetar mais capital na empresa. Para os acionistas, o momento é de reserva e análise. A factoring havia parado em abril. Bons ventos Por enquanto, os EUA são beneficiados pelo "El Niño" financeiro. O dinheiro está migrando para os títulos do Tesouro, pressionando os juros para baixo. O movimento ajuda a Bolsa de Nova York, uma das que menos caíram e que está até servindo de âncora. Adeus ano velho Com os bancos estrangeiros fazendo balanços e os bônus dos operadores dependendo dos resultados, os analistas acreditam que novos investimentos no Brasil só mesmo no próximo ano. E-mail:±painelsa@uol.com.br Texto Anterior: COMPARE A AJUDA DO BNDES À BOLSA Próximo Texto: As incríveis interpretações do pacote fiscal Índice |
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