São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997 |
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Câmbio já perdeu US$ 800 mi no mês
LUIZ CINTRA
Os números se referem às operações com dólar tanto no segmento comercial (exportação, importação, investimentos em Bolsas etc.) como também no segmento flutuante (aplicações de renda fixa, entre outras). Em outubro, até agora o pior momento da crise de confiança que atingiu a economia brasileira, saíram mais de US$ 6 bilhões, por esse mesmo critério. Ontem o governo tomou mais uma medida para tentar inverter esse fluxo, reduzindo o prazo dos lançamentos de papéis de empresas e bancos brasileiros no exterior, especialmente na rolagem de papéis já emitidos. A intenção do governo com isso é tentar facilitar a rolagem desses papéis -ao reduzir o prazo para até seis meses, reduz também o risco percebido por um possível investidor estrangeiro. Até o final do ano, segundo estimativa de bancos e corretoras, devem vencer aproximadamente US$ 3 bilhões em papéis desse tipo, o que representaria uma pressão muito forte sobre o câmbio. O problema fica ainda mais complicado para o governo porque os últimos meses do ano são meses em que tradicionalmente o fluxo de dólares é negativo. Nesse período, aumenta por exemplo a remessa de lucros das multinacionais instaladas no país para as suas matrizes. Ontem a demanda por dólar continuou forte, fazendo as cotações subirem tanto no segmento comercial como no flutuante. O dólar comercial chegou a subir 0,14%. Texto Anterior: Parmalat abre o capital e investe no país Próximo Texto: Mais montadoras paralisam linha de produção temporariamente Índice |
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