São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997 |
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Para roteirista, criação é uma forma de psicanálise
LÚCIA NAGIB
Assim, o primeiro passo do roteirista é encontrar um problema que o aflija. Em seguida, buscar uma metáfora para esse problema. Após encontrar a metáfora, o passo seguinte é desenvolver a trama. Nesse processo, Schrader sugere fazer um teste: "Vá com um amigo a um bar e comece a contar a história do filme. Interrompa e vá ao toalete. Quando voltar, mantenha-se em silêncio. Se o amigo não lhe pedir para continuar, é porque sua trama não presta". Esquematizada a trama, o roteiro vai para o papel. O último passo é a redação final, que inclui exposição e diálogos. Tudo pronto? Nada disso, diz Schrader. "Quando você termina de escrever uma cena, com perfeita ordem e lógica, inverta tudo e verá que fica muito melhor. Pois a vida não tem ordem nem lógica". (LN) Texto Anterior: Schrader prova talento Próximo Texto: Cineasta filma no litoral norte de SP Índice |
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