São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997 |
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França tenta 'ressuscitar' seu idioma
MARIANE COMPARATO
O presidente francês, Jacques Chirac, que presidirá o encontro dos 49 países membros da Associação Francófona, chegou anteontem a Ho-Chi-Minh (ex-Saigon). Chirac aproveitou para se encontrar com o presidente do Vietnã, Tan Duc Luong, e acertar acordos comerciais. Foram assinados contratos que somam US$ 800 milhões, ou o dobro dos investimentos franceses já existentes no país. Durante o encontro, será nomeado pela primeira vez um secretário-geral da francofonia. O mais forte candidato é o egípcio Boutros Boutros-Ghali, ex-secretário-geral das Nações Unidas. O representante do presidente francês no Conselho Permanente da Francofonia, Denis Tillinac, afirmou que, se dentro de 20 anos 5% das elites dos países emergentes não falarem francês, a França não terá mais nenhum peso político e econômico no mundo. "A França depende disso. Hoje, 85% dos meios modernos de comunicação são colonizados pela língua inglesa. Estou esperando que apareça um Ted Turner francês", afirmou. Segundo o advogado Xavier de Roux, a política antiimigração "mata" a francofonia. "Na prática, ela impede que inúmeros estudantes ingressem nas universidades da França, porque todo estrangeiro que não tenha um contrato de trabalho vira suspeito", diz. Texto Anterior: Brasil votou lei eleitoral Próximo Texto: País tenta recuperar restos de prestígio Índice |
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