| São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 1997 |
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Estréia 'Santidade', de José Vicente
NELSON DE SÁ Por razões respeitáveis, "Santidade" estréia esta semana como uma peça "censurada", "proibida", alvo de Costa e Silva, um dos generais-presidentes. É preciso lembrar a censura, como faz a produção, insistentemente. Mas é o caso de lembrar, talvez até com mais vigor, que José Vicente, para além do dramaturgo "maldito" de três décadas atrás, é um dos grandes autores do teatro brasileiro. Um autor que, como tantos -ou todos- surgidos nos anos 60, enfrentou os tempos difíceis que sobrevieram, as décadas seguintes, com a resposta do silêncio.Em "Santidade", entre o lirismo e a aspereza, a poesia dramática de José Vicente contrapõe dois irmãos, um que deixou o seminário, escolheu um caminho marginal, e outro que segue no estudo para tornar-se padre. É a primeira peça do dramaturgo mineiro, já então obstinado no conflito individual diante da idéia de Deus. SANTIDADE Texto: José Vicente. Direção: Fauzi Arap. Com: Mário Bortolotto, Nívio Diegues e Antonio de Andrade. Crowse Plaza (r. Frei Caneca, 1.360, região central, tel. 289-0905). 154 lugares. Qui. a sáb.:21h. Dom.: 20h. Até 15/02. Ingr.: R$ 20. CC: todos. Estac. c/manob. (R$ 7). Texto Anterior: Cortés mostra "Pasión Gitana" Próximo Texto: Bienal quer tornar a arquitetura pop Índice |
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