São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 1997 |
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Agência irá promover venda externa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA SUCURSAL DO RIO; DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O presidente Fernando Henrique Cardoso vai anunciar amanhã, no Rio, a criação da Agência de Promoção do Comércio Exterior. O anúncio será feito no encerramento do 17º Encontro Nacional dos Exportadores, evento patrocinado pela AEB (Associação Brasileira de Comércio Exterior).Apesar de o anúncio ser feito por FHC, a agência não fará parte da estrutura governamental. Estará integrada ao Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), que destinará os recursos necessários -cerca de R$ 50 milhões, inicialmente. Ao governo caberá a designação do gerente da agência, que seguirá a política de promoção comercial ditada pela Câmara de Comércio Exterior e terá apoio do Itamaraty e do MICT (Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo). Em princípio, a agência deverá se concentrar na promoção -por meio de publicidade e marketing- de produtos brasileiros. Também será responsável por dar assessoria técnica a pequenas e médias empresas que pretendam vender seus produtos no exterior. A criação desse organismo foi motivada por dois dados que incomodam o governo. O primeiro é o fato de haver apenas 15 mil exportadoras no país, quase todas de grande porte. Incluindo as que atuam nas áreas comerciais e de prestação de serviços, há cerca de 5 milhões de empresas no Brasil. Outro dado relevante é a expectativa de crescimento anual de 10% das exportações em 97 e de outros 10% em 98. Embora relevantes, a elevação é insuficiente para se contrapor ao avanço das importações. Importações O presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), Marcus Vinícius Pratini de Moraes, disse ontem que a alta das taxas de juros no mercado interno pode estimular a importação em alguns setores da economia. Segundo Pratini, empresas que dependam de linhas de financiamento de longo prazo podem optar por comprar seus insumos no exterior, a juros mais atraentes. "A alta de 3% na TEC (Taxa de Exportação Comum ao Mercosul) se dilui", disse Pratini, que esteve ontem na reunião do Mercoex, conselho das câmaras de comércio exterior dos países do Mercosul. Para o governo, a alta da TEC, cobrada pelo Mercosul de terceiros, reduzirá o déficit da balança comercial de novembro e dezembro, segundo Paulo Cesar Samico, diretor do Decex (Departamento de Exportação), do MICT. EUA A representante do comércio dos EUA, Charlene Barshefsky, desaprovou ontem a mudança de aumento de tarifas de importação no Mercosul. Ela disse a jornalistas que EUA e Europa estavam desapontados com as mudanças no Brasil e na Argentina, os dois maiores membros do bloco comercial. Barshefsky afirmou que os países não deveriam responder à turbulência financeira do mercado e a outros problemas econômicos aumentando suas tarifas de importação. Colaborou a Sucursal do Rio e agências internacionais Texto Anterior: Taxa de embarque poderá cair Próximo Texto: Autopeças pode dispensar 5.000 em 98 Índice |
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