São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 1997
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Inflação sobe para 0,44%, diz a Fipe

Alta foi causada pela maior pressão dos alimentos

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A taxa de inflação manteve tendência de alta na segunda quadrissemana deste mês em São Paulo. Pesquisa da Fipe apurou para esse período -últimos 30 dias terminados em 14 deste mês- aumento médio de 0,44%, contra 0,37% na primeira quadrissemana.
Essa evolução dos preços pouco tem a ver com o recente pacote econômico do governo. Heron do Carmo, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe, diz que só a partir da próxima quadrissemana -ou seja, na pesquisa que se encerra no dia 22 deste mês- os índices de inflação refletirão de forma mais acentuada os efeitos das novas medidas econômicas.
Por ora, diz o economista da Fipe, o índice está captando apenas o fim de algumas promoções nos preços dos combustíveis.
O aumento geral de preços na segunda quadrissemana deste mês ocorreu devido a nova pressão dos alimentos, principalmente nos industrializados e "in natura".
Até o final do mês, no entanto, essa pressão deve se reverter, acredita Heron do Carmo. Dois dos principais itens que estavam pressionando o índice perderam fôlego: arroz e carne bovina.
Devido ao aumento dos alimentos acima do previsto, e aos efeitos que virão do pacote, a Fipe refez as previsões de inflação para novembro. A taxa deve ficar em 0,5%, contra 0,4% previsto anteriormente.
Apesar desse aumento, Heron do Carmo mantém a previsão de 4,2% para 97. Isso porque o economista prevê taxa próxima de zero para dezembro.
Os demais setores pesquisados pela Fipe tiveram poucas alterações. Os custos com habitação estão subindo menos, devido à menor pressão de aluguéis e de taxas de condomínio.
O setor de saúde teve alta de apenas 0,06% e o destaque ficou para a queda dos preços dos serviços médicos, "uma coisa rara", diz Heron do Carmo.

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