São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 1997
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Esclarecimento do governo desanima investidor no Japão

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Bolsa de Valores de Tóquio (Japão) fechou ontem com queda de 5,3% devido ao anúncio de que o governo não assumiria com fundos públicos os créditos podres das instituições financeiras em dificuldade.
"Até que o governo decida o que vai fazer, vai ser muito difícil que os investidores comprem", disse ontem um corretor.
O índice Nikkei -que reúne as principais ações nogociadas- voltou a ficar ontem abaixo da barreira psicológica dos 16.000 pontos.
O Nikkei perdeu 884,11 pontos e fechou o dia com 15.842,46 pontos.
Ontem, o primeiro-ministro japonês, Ryutaro Hashimoto, desmentiu que injetaria recursos públicos no sistema financeiro do país.
Segundo ele, a medida agravará a dívida pública, considerada questão prioritária no governo.
Bancos do país acumulam cerca de US$ 224 bilhões em créditos podres, acumulados durante a especulação imobiliária e financeira dos anos 80 e início dos anos 90.
O mercado também reagiu com pouco entusiasmo em relação ao pacote de 120 medidas lançado na terça-feira para estimular a economia do país.
O país vive atualmente um período de estagnação. A economia se retraiu a uma taxa anual de 11,2% entre abril e junho.
Este mês, o governo admitiu pela primeira vez a existência de uma crise.

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