São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 1997 |
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Rússia propõe metas para crise no Iraque
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Detalhes do plano não foram revelados, mas fontes diplomáticas citadas pela agência de notícias "France Presse" afirmam que o governo iraquiano está disposto a ceder se houver metas claras de desarmamento. Segundo a agência, ficaria estabelecido que o governo iraquiano cumpriu sua parte quanto à destruição de armamento nuclear e balístico e haveria critérios precisos sobre as armas biológicas e químicas. Em troca das metas, o governo iraquiano concordaria incondicionalmente com a retomada das atividades da comissão. O presidente dos EUA, Bill Clinton, disse que não se deve esperar muito dos esforços de paz liderados pela Rússia. A única solução aceitável para o impasse, na perspectiva americana, é a absoluta obediência do Iraque ao programa de inspeção de armas da ONU. Clinton disse que seu país quer resolver o problema por meios diplomáticos, mas está se preparando para o conflito armado. A tensão na região e o atentado contra estrangeiros no Egito, nesta semana, levaram o Departamento de Estado a emitir ontem pedido de cautela para turistas americanos em qualquer lugar do mundo. Entenda a crise A ONU mantinha até a semana passada no Iraque uma comissão de inspeção encarregada de avaliar se o país estava eliminando suas armas de destruição em massa. A eliminação é pressuposto para o levantamento do embargo comercial imposto depois da invasão do Kuait pelo Iraque. Em 29 de outubro, o presidente Saddam Hussein ordenou a expulsão dos inspetores norte-americanos. Segundo o líder árabe, os EUA dificultam deliberadamente a conclusão dos trabalhos da comissão. Na semana passada, a ordem foi cumprida e as Nações Unidas decidiram pela retirada de todos os seus inspetores. O governo iraquiano, no início desta semana, afirmou que concordaria com a volta dos norte-americanos se a participação dos EUA na comissão fosse diluída. A proposta foi rechaçada. Colaborou CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA, de Washington Texto Anterior: Judeu é morto a tiros em Jerusalém Próximo Texto: Sob pressão, Ieltsin reduz poder de vice-premiê Índice |
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