São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Promotor pede novo inquérito para Bodega
DA REPORTAGEM LOCAL O promotor José Carlos Gobbis Pagliuca pediu a abertura de um inquérito policial a fim de apurar a possibilidade de médicos-legistas terem fraudado exames de corpo de delito para encobrir a tortura que teria sido feita por policiais na apuração do crime do bar Bodega.Durante a investigação do caso feita pelo 15º DP, nove inocentes foram presos e acusados do crime. Três deles confessaram ter assaltado o bar e matado o dentista José Renato Tahan e a estudante Adriana Ciola em agosto de 1996. Eles ficaram presos durante 60 dias. Anteontem, o promotor denunciou 11 policiais civis sob as acusações de abuso de autoridade, formação de quadrilha, atentado violento ao pudor, sequestro, tortura de adolescentes e lesões corporais nos inocentes presos. Os médicos-legistas do IML (Instituto Médico Legal) que serão investigados são os que examinaram os inocentes durante o período em que eles estiveram presos. Segundo a denúncia do promotor, os exames eram feitos de forma superficial, e os médicos se limitavam a olhar as vítimas rapidamente. Eles não mandavam os presos tirar as roupas para verificar as lesões "produzidas pelo bando de policiais torturadores". Texto Anterior: Ladrões fazem roubo com ameaça de HIV Próximo Texto: Acusado de chacina alega inocência Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |