São Paulo, sábado, 6 de dezembro de 1997
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Pressão foi decisiva, diz Cunha

MARTA AVANCINI
DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário da Educação de São Paulo admitiu que as pressões do Ministério Público foram o fato decisivo para que a prefeitura recuasse no processo de municipalização na cidade.
"O prefeito (Celso Pitta) já estava preocupado com o aumento das despesas. Como apareceu o risco de processo, resolvemos rever nossa posição", disse o secretário Ayres da Cunha.
No início desta semana, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública com base no fato de que, se as 50 escolas fossem transferidas para o município, a prefeitura perderia dinheiro, em vez de ganhar.
O aumento das despesas ocorreria em um contexto em que a Prefeitura de São Paulo acumula dívidas de cerca de R$ 9,45 bilhões, soma maior que seu Orçamento.
O secretário diz, no entanto, que pretende assumir escolas da rede estadual a partir de 1999.
"Vamos tentar fazer um cadastro em conjunto com a Secretaria Estadual para saber o número real de alunos e a demanda de cada região da cidade", disse Cunha.
O adiamento da municipalização do ensino em São Paulo inclui até sete escolas cujos prédios estão desocupados. A prefeitura tinha a intenção de usar esses prédios para atender a alunos de sua rede de ensino.
A Secretaria de Estado da Educação não confirmou, até final da tarde de ontem, se as negociações relativas a esses prédios também foram interrompidas.
(MA)

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