São Paulo, sábado, 6 de dezembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Negociações de redução de salários e jornada

Força sindical x Sindipeças
- O que é consenso
. A redução de salários tem que ser menor que a diminuição da jornada de trabalho
. A garantia do nível de emprego precisa durar mais que o tempo do acordo
. Criação de um banco de horas e salários para compensar no futuro as horas e os rendimentos reduzidos

- O que não é consenso
. A indústria quer a redução de 60% nos salários em relação à diminuição da jornada (ex: se o acordo prever uma redução de 25% no tempo trabalhado, os salários vão cair 15%); a Força aceita redução de até 9,1% nos salários ( que daria uma relação de 36% nos salários em relação à jornada)
. Os sindicalistas querem que mesmo as empresas que não aderirem ao acordo sejam obrigadas a garantir o nível de emprego; o Sindipeças quer que só quem aderir seja obrigado a dar essa garantia. A indústria acha também que seis meses de garantia do nível de emprego é muito tempo
. A Força defende que cada hora paga cortada valha o dobro depois; as autopeças querem a relação de uma por uma.

- CUT x Sindipeças
O Sindipeças repetiu a proposta feita à Força. A CUT não aceitou a redução de salário, propôs a adoção do banco de horas e a reedição da câmara setorial -um conselho tripartite (empresas, governos e trabalhadores)- para buscar soluções

- Metalúrgicos ABC x Volks
A Volks propôs a redução de salários e jornada em 20% e a terceirização de 3.000 trabalhadores em troca de 10 mil demissões. Em assembléia, os funcionários da empresa recusaram a proposta; sindicato e montadora ainda negociam

Texto Anterior: Corte é humilhação, diz Vicentinho
Próximo Texto: Químicos da Kolynos decidem parar
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.