São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 1997
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Mercosul faz acordo para liberar serviços

Medida beneficia setores médico e financeiro

LÉO GERCHMANN
ENVIADO ESPECIAL A MONTEVIDÉU

Os números sobre vantagens materiais referentes ao protocolo que prevê a liberação dos serviços no Mercosul, firmado na reunião de cúpula encerrada ontem, ainda não foram computados, mas os setores de maior potencial já estão definidos: são o médico, o financeiro e o de seguros.
"Esses são os setores que têm maior facilidade para transações", afirmou o secretário de Indústria, Comércio e Mineração da Argentina, Alieto Guadagni. O motivo é o grau de privatizações ocorrido nesses setores, especialmente no Brasil e na Argentina.
Ao ser firmado o protocolo, houve o anúncio de que alguns serviços poderiam ter uma liberação "imediata". A facilidade representada pelos setores médico, financeiro e de seguros poderá significar que sejam os primeiros.
Na madrugada da última sexta, foi aprovado pelo comitê de serviços da OMC (Organização Mundial do Comércio) acordo de liberalização na área de serviços financeiros. Isso deverá ter reflexos diretos na liberalização do Mercosul.
O ministro Pedro Malan (Fazenda) afirmou que, dentro do Mercosul, chegou-se a um "acordo na área de serviços" que será detalhado no setor financeiro. Segundo Malan, o Brasil já tem sido flexível em relação à Argentina. O ministro citou como exemplo as facilidades encontradas pelos bancos argentinos Galícia e Província para entrar no país.
Numa estimativa realizada por Guadagni, o setor de serviços atinge entre 50% e 60% do PIB (Produto Interno Bruto) do Mercosul. Isso significa um valor entre US$ 600 milhões e US$ 800 milhões (o PIB total é de US$ 1,3 trilhão).

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