São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 1997
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Soldador confia em bom desempenho

CLAUDIA VARELLA
DA AGÊNCIA FOLHA, NO ABCD

Se as negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC não avançarem e a Volkswagen precisar cortar pessoal, o soldador Elias Malta de Sá, 33, disse acreditar que não será demitido por se considerar "um bom profissional".
"No meu caso, não há risco de ser demitido, pois sou um bom profissional. A empresa não vai agir sem critérios, se houver cortes", afirmou ele, que não aceita redução de salário.
Há três anos na Volks, ele não vai aderir ao programa de demissões voluntárias proposto pela montadora.
"Para mim não é conveniente porque meu custo de vida é alto. O dinheiro que conseguiria com os benefícios não compensa", afirmou.
Sá disse que sustenta duas famílias: a dele, com mulher e filho, e a de sua mãe, onde moram também dois irmãos, inclusive um doente mental, para quem paga o tratamento médico.
Sua renda mensal na empresa varia de R$ 1.300 a R$ 2.600 (quando faz horas extras).
Já o metalúrgico Sérgio do Espírito Santo, 27, disse que prefere ter seu salário reduzido a ficar desempregado. Mas ele também não tem interesse em aderir ao programa de demissões voluntárias.
"Acho certo que o sindicato tente negociar até o fim. Mas se as negociações não resolverem e a empresa colocar no final 'ou reduz salário ou perde o emprego', prefiro ganhar menos. Emprego está acima de tudo", afirmou.
Há cinco anos trabalhando no setor de câmbios da Volks, Espírito Santo disse que tem medo de ser demitido e ficar desemprego.
(CV)

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