São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 1997 |
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'Humildade' domina vocabulário de Lopes
MAÉRCIO SANTAMARINA
(MS) * Folha - O que deixa o Antônio Lopes nervoso? Odvan - Quando o time vai mal, não mostra o futebol que ele quer. Pedrinho - Quando não fazemos o que ele pede. Mauricinho - Falta de disciplina e não cumprir o que ele quer. Márcio - Falta de dedicação nos jogos e nos treinos. Válber - Quando o time não faz o que ele pede e não se empenha. Folha - Como agradá-lo? Odvan - Mantendo a humildade e tendo muita força de vontade. Pedrinho - A determinação e a honestidade. Mauricinho - Com vitória. Márcio - Com muito empenho, vontade e dedicação. Válber - Mostrando força de vontade em campo mesmo não estando bem tecnicamente. Ele quer vontade na marcação. Folha - Você se considera amigo do Lopes? Carlos Germano - Sim, desde 91, quando ele veio para o Vasco. Pedrinho - Sim. Ele é amigo de todos os jogadores, apesar de manter a seriedade sempre. Sua disciplina faz com que o jogador entre em seu esquema. Márcio - Sim. Foi com ele que subi para o profissional em 1991. Válber - Sim, a gente não conversa só sobre o time. Costumo falar com ele também de problemas. Quando voltei da contusão que sofri e estava acima do meu peso, ele conversou comigo e foi muito compreensivo. Procurei me esforçar ao máximo e ele cumpriu o que havia prometido, me dando a vaga de titular novamente. Folha - Ele dá boas oportunidades de trabalho? É justo? Pedrinho - A prova disso é que eu, mesmo sendo reserva, participei de 25 partidas no campeonato. Márcio - Sim. Foi ele que lançou a maioria dos jogadores novatos do Vasco. Além disso, dá sempre oportunidade de trabalho aos reservas do time. Dos técnicos com quem trabalhei, ele é um dos mais inteligentes, coerentes e justos. Com ele não tem essa de proteger amigo ou jogador de fama. Válber - Sim, de acordo com o que o jogador propõe. Ele sempre dá chance aos reservas. Aliás, no Vasco não tem reserva, é um grupo único. Quem está no banco pode se considerar titular porque está sempre entrando nas partidas. Luisinho - Já não é a primeira vez que trabalho com o Lopes. Ele procura sempre renovar. Carlos Germano - Por que você está perguntando isso? Sim, ele é muito justo. Mauricinho - Ele tem um grande senso de justiça. Folha - Qual palavra ou expressão que ele mais usa? Carlos Germano - Humildade. Márcio - Humildade, garra e empenho. Válber - Vontade, humildade e tranquilidade. Ele afirma sempre que não ganhamos nada. Outra coisa que ele pede muito é respeito ao adversário. Luisinho - Não tem uma palavra. Ele exige o máximo. Tenta tirar o máximo de cada uma fazendo um trabalho específico conforme a necessidade do jogador. Folha - Técnico ganha jogo? Pedrinho - Sim, muitas vezes quem ganha o jogo é o técnico. Mauricinho - Sim, e ele já provou isso durante todo o campeonato. Carlos Germano - É claro. O técnico é fundamental para o sucesso de uma equipe. Válber - Sim. Se o jogador estiver trabalhando com um técnico que passa informações erradas ou não tem um bom relacionamento, o time não vai bem. Aqui no Vasco todos gostam do Antônio Lopes. Luisinho - O Vasco tem êxito graças à permanência do Lopes. Texto Anterior: Finalistas 'analisam' os seus treinadores Próximo Texto: 'É difícil, meus filhos' é bordão de Scolari Índice |
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