São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 1997
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Bienal divulga regulamento

CASSIANO ELEK MACHADO
DA REDAÇÃO

A 24ª Bienal de São Paulo, que acontece entre 4 de outubro e 13 de dezembro de 1998, divulgou esta semana seu regulamento.
Na última edição, a megaexposição do parque Ibirapuera tinha um tema central em torno do qual girava a curadoria: "A Desmaterialização da Obra de Arte no Final do Milênio". Desta vez, de acordo com seu regulamento, a bienal "não terá um tema geral, mas um conceito norteador: densidade, com seu caráter complexo e compacto na articulação de objetos e idéias".
Ainda de acordo com o regulamento, a antropofagia, entendida como a incorporação dos valores do outro para construir e articular seus próprios, é a principal diretriz da bienal.
Nesta próxima edição, a exposição será dividida em três segmentos, cada um deles em um dos pisos do pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Ibirapuera.
Como nos últimos anos, haverá um "Núcleo Histórico". Desta vez, o objetivo central é a "discussão da antropofagia na cultura brasileira e nos seus precedentes e paralelos em outras partes do mundo".
Outro bloco tradicional é "Representações Nacionais", em que cada país indica um artista por meio de algum órgão oficial.
Os convites aos países serão feitos via "missões diplomáticas". Cada país convidado institui um curador, que deve inscrever o artista que escolher até 1º de março de 1998 -os países participantes são responsáveis por todas as despesas de transporte de suas obras.
O terceiro segmento da 24ª Bienal, substituindo a "Universalis", é "Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros.".
A repetição da palavra indica o número de regiões em que a arte contemporânea mundial foi dividida.
Juntamente ao regulamento, a Fundação Bienal de São Paulo -que deixa de usar "de São Paulo" em seu nome- divulgou texto do curador-chefe da 24ª Bienal -antes chamada "de São Paulo"-, Paulo Herkenhoff, em que estão alinhadas 95 sugestões de temas a serem trabalhados na exposição.
A lista começa com "Transformação do Tabu em Totem" e termina com "Iconoclastia Cultural".
Como recheio, estão temas distintos, como "Morte do Outro Político (Tiradentes)" e "Canibalismo Não-Programático (Jangada de Medusa, Acidente Aéreo nos Andes etc.)".

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