São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997 |
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Pimentel conta com vaias
RODRIGO BERTOLOTTO
"Vai pai, mãe, quatro irmãos, tia, tio, papagaio e cachorro. Se sair campeão, a comemoração vai ser lá na minha casa", disse. Por outro lado, o lateral já conta com as vaias e palavrões da torcida vascaína, ainda ressentida com sua saída na metade do ano. "Fiz um jogo em São Januário, e a torcida não parou de me xingar. Não vou repetir o que escutei lá. Mas também não ligo. Já estou acostumado." Leia abaixo os principais trechos de sua entrevista, anteontem, à Folha. (RB) * Folha - Como o Palmeiras deve jogar para sair com a vitória e o título do Maracanã? Pimentel - Não há outra opção que atacar. Eu, pela direita, e Júnior, pela esquerda, vamos avançar para dar mais opções. Se do outro lado do campo estão 11 Edmundos ou 11 Pelés, não importa. Temos que fazer o nosso. Folha - Seu técnico, Luiz Felipe Scolari, disse que cansou de pedir na primeira partida da final para que o time atacasse pelas laterais. O que houve, já que o time concentrou seus ataques pelo meio? Pimentel - O problema é que estava muito congestionado o setor. Eles estavam todos atrás, bloqueando todos as nossas tentativas. Folha - Como ex-vascaíno e ex-comandado de Antônio Lopes, qual é a forma que o time carioca vai jogar no Maracanã? Pimentel - Ele é muito cauteloso, não vai arriscar perder seu primeiro título nacional. O Vasco tem dois resultados a seu favor, o empate e vitória. Aposto que Antônio Lopes vai jogar no erro do Palmeiras. Por isso, não podemos falhar no ataque e na defesa. O Vasco é um time frio e calculista e, nesse jogo, não tem nada a perder. Folha - O Maracanã é o cenário ideal para a final? Pimentel - Com certeza. Quem não sabe jogar no Maracanã pode esquecer o futebol. Folha - Não está ocorrendo atualmente no Brasil uma entressafra na lateral direita? Pimentel - Isso é uma fase. Não surgem um Cafu ou um Zé Maria todo o tempo. Mas, no próximo ano, pode aparecer uma revelação. Folha - Você acha vai ser alvo dos gritos da torcida vascaína? Pimentel - Claro. Fiz com o Palmeiras um jogo em São Januário, e a torcida não parou de me xingar. Não vou repetir o que escutei lá. Foi só palavrão. Mas também não esquento. Já estou acostumado. Texto Anterior: Futebol de resultado ataca a contragosto Próximo Texto: Longa espera amplia ansiedade Índice |
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