São Paulo, domingo, 28 de dezembro de 1997 |
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QUEM É Jacques Rancière é professor da Universidade de Paris 8 (França) e um dos nomes centrais da filosofia francesa atual. Militante de esquerda nos anos 60, Rancière foi discípulo de Louis Althusser (1918-1990), pensador francês que revigorou a marxismo a partir de uma abordagem estruturalista. Após ter apoiado as manifestações de Maio de 68, rompeu com seu mestre, alegando haver um descompasso entre as propostas marxistas e a realidade social dos trabalhadores. Desenvolveu, então, um conceito de "classe" que se opunha às definições em voga na esquerda. Refutando a noção de "classe" como vinculada a determinantes econômicos, históricos e sociais, Rancière passou a enfatizar o seu conteúdo simbólico. Para Rancière, a noção de "classe" já existia desde a Antiguidade, definida por variantes como nascimento, títulos de nobreza, sabedoria etc. Assim, antes de se constituir como conceito econômico, "classe", para Rancière, é uma noção política. Em "O Dissenso", refuta a idéia de que a ordem consensual seja inerente à política. Ao contrário, diz Rancière, a discrepância é a "virtude política suprema". É autor, entre outros, de "O Desentendimento (Ed. 34) e "A Noite dos Proletários" (Companhia das Letras). Ele escreve na seção "Autores" da Folha. Texto Anterior: Viagem ao país dos últimos sociólogos Próximo Texto: Breve geografia Índice |
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