São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997 |
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Negocial nega envolvimento
SILVANA QUAGLIO
A empresa, segundo Pazzanese, comprou títulos do estoque do Banespa para vender a clientes, e não do Fundo de Liquidez do Município. O fundo é administrado pelo Banespa e guarda os títulos do município. "Temos documentos que provam isso", disse Pazzanese, mostrando comprovantes de compra que não registram o código do Fundo de Liquidez, mas o do Banespa. A Negocial comprou e vendeu títulos de Santa Catarina e lucrou R$ 300, segundo Pazzanese. Segundo ele, foi uma operação normal de mesa. A empresa investiu, ainda, R$ 400.000, de recursos próprios em títulos de Alagoas. "Havia boato de quebradeira de bancos no mercado. Buscamos um papel para investir", disse. A empresa está sendo investigada pelo Banco Central desde o ano passado, porque seus negócios chamaram a atenção da fiscalização. Em especial, um produto financeiro que deriva das operações de "hegde". Essas operações são uma espécie de aposta que se faz com base em algum ativo: a taxa de juros, por exemplo. O BC achou as operações atípicas e abriu um processo administrativo. Pazzanese está afastado da empresa pelo BC pelo tempo que durar o processo. Questionado sobre as operações com possíveis empresas de fachada, Pazzanese explicou que a maioria dos clientes listados pelo BC eram do cadastro da agência paulista do Beron (Banco de Rondônia). "Não investigamos os clientes, cofiávamos na análise de crédito do Beron." Texto Anterior: BC inicia processo contra três corretoras Próximo Texto: Negócios de Pitta passaram por 'fantasmas' Índice |
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