São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997
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Algumas desordens cerebrais de crianças e adolescentes

Segundo o psiquiatra Harold Koplewicz
. Hiperatividade com déficit de atenção
Atinge de 3% a 5% das crianças
Principais sintomas: dificuldade de prestar atenção, impulsividade e hiperatividade (muita agitação)
Só é tratada quando atrapalha a relação com a família, amigos e escola

. Obsessiva compulsiva
Caracterizada por pensamentos, impulsos ou preocupações involuntárias e comportamento repetitivo sem sentido (como lavar a mão de 5 em 5 minutos)
Algumas crianças têm "ataques" quando seu "ritual" não é seguido
Ansiedade de separação
Dos 11 meses aos 3 anos, é comum crianças reagirem de diferentes formas a separações, mesmo que breves, do pai e da mãe
Cerca de 4% delas continuam se sentindo extremamente ansiosas nessas situações, o que atrapalha sua vida

. Fobia social/timidez
Há crianças e adolescentes tão preocupados com a má impressão que os outros podem ter deles que se tornam incapazes de falar, beber ou comer em situações sociais

. Ansiedade generalizada
Sintomas: dores de cabeça, de estômago, diarréia, agitação, distúrbios de sono, fadiga, rigidez muscular e excesso de preocupação, em especial com a competência e o desempenho

. Síndrome de Tourette
Sintomas: tiques como piscar, limpar a garganta, fazer movimentos no rosto (às vezes podem ser mais complexos, como jogar coisas ou fazer gestos obscenos repetidamente)

. Depressão
Não confundir com tristeza de vez em quando. É considerada desordem quando a depressão dura mais de duas semanas sem motivo evidente, provoca sofrimento e afeta o dia-a-dia do jovem

. Bipolar/Maníaca Depressiva
"Altos e baixos" de forma extrema: ora está muito deprimido, ora exultante Os ciclos variam de pessoa para pessoa

. Esquizofrenia
Rara antes do 12 anos (já que há sintomas associados à infância, como misturar sonho e realidade)
Mais frequente aos 18, quando o jovem tem alucinações, comportamento estranho e se torna "ausente", por mais de seis meses

. De alimentação
A anorexia nervosa atinge mais meninas na faixa dos 14 anos (que param de comer, muitas vezes por uma auto-imagem distorcida)
Com bulimia, as adolescentes comem, mas depois põem para fora vomitando ou com laxantes

Fonte: "It's Nobody's Fault", de Harold Koplewicz

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