São Paulo, sexta-feira, 7 de fevereiro de 1997
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País troca um populista por outro

DA REDAÇÃO

Fabián Ernesto Alarcon Rivera, escolhido presidente-interino do Equador, tem 50 anos de idade e 26 de política. Já flertou com a direita e com a esquerda, até se tornar um populista, aliado de Bucaram no segundo turno das eleições do ano passado. É criticado por ter se tornado próximo dos três últimos governos democráticos do Equador até romper com Bucaram.
Filho de um conservador de prestígio, Fabián Alarcón formou seu primeiro partido, o Patriótico Popular, em 1970, e logo se tornou vereador em Quito.
Com ele, se aproximou do ex-presidente Sixto Durán-Ballén, então prefeito. Em 1983, disputou um governo regional e venceu.
É considerado um bom negociador, o que o fez conseguir por três vezes a Presidência do Congresso. Em 1992, recebeu convites para ser o vice de Jaime Nebot, social-cristão, e de Bucaram, populista. Preferiu disputar a Prefeitura de Quito. Perdeu.
Fantasmas
Seu apelo popular não se desfez nem quando a economista Cecília Calderón revelou uma lista de 1.119 funcionários fantasmas do Congresso, que prestavam serviços particulares a políticos.
Vários deles eram ligados à Frente Radical Alfarista (FRA), o partido de Alarcón. Mesmo assim, Alarcón conseguiu se reeleger deputado -a tempo para, na condição de presidente do Congresso, conduzir a destituição de Bucaram e ocupar seu lugar.

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