São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997
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Elas gostam de levar cantadas

DA REPORTAGEM LOCAL

Toda mulher odeia cantadas, certo? Errado. Algumas podem até fingir raiva diante de gritos de "gostosa" e das "mãos bobas". Mas, no fundo, apreciam a atenção dispensada.
A publicitária M.P., 36, é uma dessas. Há alguns anos, quando pulava o Carnaval em uma boate de São Paulo, M.P. passou por uma situação inusitada.
Em busca de um banheiro, a publicitária e uma amiga foram abordadas por um grupo de rapazes.
"Eles nos cercaram e começaram a nos chamar de gostosas. De repente, um deles passou a mão em mim: virei-lhe um tapão."
Mais tarde, M.P. chegou à conclusão de que tinha gostado do acontecido. "Foi a primeira vez em um bom tempo que isso acontecia comigo. De início, me senti lesada. Depois, por incrível que pareça, me senti lisonjeada."
A dona-de-casa G.S., 53, é carente. De elogios. "Ano passado, estava me sentindo feia. Precisava levantar meu astral. Havia um bloco de Carnaval que passava ao lado da minha casa. Sem pensar duas vezes, me lancei à turba", diz.
"Foi tiro e queda. Ao atravessar o bloco, vários homens me elogiaram", conta. Para ela, não fez diferença o eventual estado de embriaguez dos foliões. "Ouvi barbaridades, mas fui para casa satisfeita."

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