São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997
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Profissionalismo dá lucro na BA

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

A maioria das entidades que participam do Carnaval de Salvador adotou esquema profissional para sobreviver exclusivamente de shows em todo o Brasil.
Fundada há 16 anos, a banda Chiclete com Banana realizou no ano passado 126 apresentações -uma a cada três dias, em média.
"Sem uma administração profissional, não teríamos condições de cumprir a agenda", diz o baterista Reinaldo Gramacho.
A banda fechou 96 arrecadando cerca de R$ 4 milhões. Em média, o grupo cobra R$ 35 mil por apresentação. No ano passado, fez micaretas em 20 Estados.
Um dos sócios da banda Asa de Águia, Marcelo Brasileiro, disse que quase a metade da receita registrada no ano passado surgiu de um processo de parceria.
"Fornecemos a banda, trio elétrico e carro de apoio em troca de 45% das vendas dos abadás", disse Brasileiro.
A Asa de Águia cobra em média R$ 20 mil por apresentação. Segundo Brasileiro, a metade da cota é gasta na divulgação e pagamento de impostos e funcionários.
A banda mantém um escritório em Salvador com 40 funcionários, que funciona durante todo o ano. No Carnaval, o número de empregos diretos chega a cem.
As principais fontes de receita dos trios elétricos e blocos baianos são os patrocinadores, associados (foliões que pagam entre R$ 300 e R$ 500 para se divertir), festas e shows que são realizados durante todo o ano.

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