São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997
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Bicheiros ajudam a cobrir custo

DA SUCURSAL DO RIO

Alguns empresários fazem hoje o papel que era exclusivo dos bicheiros há alguns anos. Fernando Horta, dono de empresas de vidros, é o patrono da Unidos da Tijuca. A escola deve gastar US$ 1 milhão. Ele avalia que vai receber da Liga R$ 400 mil. O resto sai de seu bolso.
Horta diz que nem vale a pena contar quanto ele gasta, porque "pode dar desquite lá em casa", mas faz uma comparação. Segundo ele, o dinheiro daria "para sustentar dez amantes".
A dupla de empresários que colocou a Acadêmicos de Santa Cruz no Grupo Especial, o exportador e importador Edgar Raimundo de Freitas e Nicolau Darzi, sócio da rede de cinemas Star, participam da diretoria desde 1970.
Segundo o carnavalesco da Santa Cruz, Albeci Pereira, a escola gastará cerca de R$ 1,2 milhão no desfile. Darzi diz que são cerca de R$ 800 mil. Ele diz que a dupla vai bancar cerca da metade do valor.
A Porto da Pedra está sendo esperada como uma das escolas mais ricas do Carnaval deste ano. Por trás dessa nova rica do Carnaval está o empresário de exportação e importação Jorge Lambel, que deverá investir cerca de R$ 350 mil.
Todos os empresários dizem que uma das soluções para diminuir os custos do desfile das escolas de samba é o merchandising na parte de baixo dos carros alegóricos.
Ambos reclamam do que a prefeitura retira, com impostos, do desfile das escolas de samba. Horta sugere que a rede hoteleira patrocine o Carnaval.

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