São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Consumidor pobre puxa venda de calçados Grendene
FÁTIMA FERNANDES; MILTON GAMEZ
A empresa atribui o desempenho ao crescimento do consumo, provocado pelo Plano Real, e, também, à procura mais intensa -sobretudo das classes de menor poder aquisitivo- por calçados mais elaborados. "O fato é que agregamos valor aos produtos porque o consumidor passou a procurar mais por eles", diz Március Dal Bó, diretor de marketing. As sandálias que levam a assinatura da apresentadora Xuxa, por exemplo, conta ele, são agora acompanhadas de relógios. Dessa forma, o preço do par desse calçado, que era de R$ 13 em 1995, passou para R$ 19 em 1996. Dal Bó diz que, no caso da linha Rider, houve deslocamento de venda dos produtos mais simples -que custam por volta de R$ 3- para os mais elaborados, que custam cerca de R$ 11. A linha feminina Grendha, lançada no ano passado, continua ele, também contribuiu para o aumento da receita da empresa. A Grendene comercializou 2 milhões de pares desses calçados em 1996. Ao lojista o par dessa sandália custa de R$ 5 a R$ 10. Disney A estratégia de fabricar peças mais elaboradas continua. Dal Bó diz que, neste ano, a empresa vai lançar, por exemplo, uma linha de produtos com personagens da Disney. Para atender ao crescimento da demanda e dos lançamentos, a Grendene está investindo no aumento da produção. Só no ano passado, ela gastou US$ 25 milhões na compra de máquinas e ampliação das fábricas. A produção da empresa, que era de 68 milhões de pares em 1995, passou para 76 milhões de pares no ano passado. A meta é crescer mais 10% neste ano. A Grendene tem dez fábricas -quatro delas estão no Sul do Brasil e seis, no Nordeste. O principal complexo industrial fica em Sobral (CE). O faturamento de US$ 1 bilhão foi alcançado com a participação de outras de suas empresas -Vulcabrás, Ril Brasil (que comercializa a Reebok), Vulcanor, Telasul (móveis tubulares) e Dellano (móveis de madeira). Os calçados, de qualquer forma, representam 56% da receita total do grupo e são responsáveis, segundo Dal Bó, por 70% do crescimento da empresa. Sharp A Sharp contabilizou vendas da ordem de US$ 1,1 bilhão em 96. A empresa, forte no setor de eletrônica de consumo, recuperou fatias de mercado perdidas no ano anterior. As vendas de TVs passaram de 11,5% do mercado para 13,8%, as de videocassetes, de 15,6% para 21,1%, e as de microondas, de 25,2% para 31,1%, segundo projeções do Banco Boavista. (FF e MG) Texto Anterior: Estabilidade amplia o clube 'bilionário' Próximo Texto: Kaiser tem 17% das cervejas Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |