São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997
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Novo teste é desenvolvido

DA REPORTAGEM LOCAL

Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco, liderados por Paulo Andrade, do departamento de genética da universidade, desenvolveram um teste que permite a detecção da doença em animais.
Segundo Sérvio Emanuel Coqueiro, um dos pesquisadores do grupo, o teste correntemente usado, chamado imunofluorescência, apresenta um índice de falso positivo entre 10% e 15%.
"Isso porque a leishmania e o tripanossomo (que causa a doença de Chagas, por exemplo) são aparentados", diz.
O teste convencional se baseia em reações cujo produto final é uma substância fluorescente.
O novo teste permite saber o resultado em poucos minutos, pois se baseia numa reação cujo produto final é colorido. Nesse caso as substâncias injetadas "atacam" uma proteína que é exclusiva da leishmania, isto é, que não são parecidas com as existentes no tripanossomo.
"A reação imediata facilita o trabalho de identificação dos cães infectados. O método tradicional consiste na coleta de sangue do animal, que são levadas para o laboratório para análise. Se o resultado dá positivo, há dificuldade de o técnico reencontrar o animal."
Segundo Coqueiro, a técnica também serviu para a confecção de um protótipo de vacina, que está sendo testada nos cães.
"Os testes em cães começaram em abril de 96, quando os 600 primeiros animais foram vacinados", diz.
Segundo o pesquisador, está prevista para a segunda quinzena de fevereiro a vacinação de 1.400 cães em Pernambuco e Rio Grande do Norte. "Os resultados definitivos devem sair no fim do ano", conclui.

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