São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997
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Combate à doença é falho, diz ministério

DA REPORTAGEM LOCAL

Além de migrações, colonização predatória de novas fronteiras e urbanização precária, o sistema de saúde precário também compõe o quadro social que possibilita a expansão da leishmaniose no país .
A avaliação é da Coordenação Nacional de Dermatologia Sanitária, setor do Ministério da Saúde responsável pela leishmaniose cutânea, e de Pedro Monteiro, responsável pelo calazar (leishmaniose visceral) no ministério.
Segundo relatório do progama de combate à leishmaniose cutânea do ministério, não são implementadas medidas educativas em frentes de trabalho e em áreas de foco da doença. Também falta uma pesquisa contínua de animais domésticos infectados; o diagnóstico e o tratamento da doença são tardios (só doentes passam a leishmania para o mosquito).
Monteiro afirma que os recursos humanos e financeiros para combater a doença são "insuficientes em todos os níveis. Além do mais, os processos administrativos para a aquisição de insumos utilizados no programa de controle da doença são morosos".
Como a população atingida é de baixa renda, não tem oportunidade de exercer pressão, pelos meio de comunicação, para obter melhor tratamento, avalia Monteiro.
Segundo o Ministério da Saúde, o combate à doença deve ser baseado em três pontos. O primeiro é a pesquisa para a identificação e eliminação de cães infectados (não existe tratamento para o animal doente).
A aplicação de inseticida em domicílios e outros focos do mosquito (chiqueiros, galinheiros etc) eliminaria o transmissor. Por fim, é preciso um diagnóstico preciso e rápido dos infectados.

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