São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997 |
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MAIS ALUNOS Zelar pela melhora do ensino no país, sobretudo na combalida rede pública, é tarefa que depende não apenas de boas intenções dos governos, mas também da constante vigilância de pais e alunos em relação à qualidade dos serviços. Ao mesmo tempo, porém, é preciso ampliar o acesso à escola. São por isso auspiciosos os dados de um levantamento do Ministério da Educação, registrando um significativo aumento, em 96, de matrículas em 1º e 2º graus. A rigor, o crescimento no ensino fundamental (1,8%) é bem menos marcante que o do ensino médio (7,5%), já que o índice praticamente acompanha o ritmo de crescimento da população. Mas, considerando que a repetência e a evasão sempre atingiram com maior intensidade o 1º grau, os dados desse nível escolar não deixam de ser expressivos. Já o crescimento no número de matrículas no 2º grau em 96 foi três vezes maior que a estimativa de crescimento populacional. É possível associar esses indicadores positivos à influência de ao menos três fatores. O primeiro é a vigência de programas pedagógicos locais que vedam a repetência em determinadas séries do 1º grau, oferecendo ao aluno reforço paralelo no ano seguinte. É também importante a ação de agentes comunitários que, em Estados como Ceará, promovem a inscrição de crianças nas escolas municipais. Em casos como o do Distrito Federal, a vigência de um programa de renda mínima vinculado à assiduidade escolar mostrou ser importante instrumento de combate à evasão. Escola cheia porém não é garantia de qualidade de ensino. O aumento da demanda deverá ser acompanhado por um intensivo aprimoramento do trabalho pedagógico, bem como por medidas que tornem factível a permanência dos alunos nas escolas. Texto Anterior: DIPLOMACIA ECONÔMICA Próximo Texto: Temas para FHC conversar Índice |
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