São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997 |
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Cargo é obsessão de Paulo Maluf
FERNANDO RODRIGUES
Prefeito de São Paulo duas vezes e governador paulista uma vez, Maluf acha que não pode disputar outro cargo eletivo que não seja a Presidência. Pensa muito em sua idade. Se esperasse até o ano 2002, quando haverá outra eleição presidencial, já teria 71 anos. Seria uma idade avançada, imagina, para um país que teve o trauma recente de Tancredo Neves -que adoeceu e morreu antes de tomar posse, em 85, quando tinha 75 anos. Estratégia Há, também, um motivo estratégico. Político experiente, sabe que jamais poderá admitir um recuo na sua posição. Se já está fraco hoje, ficaria mais ainda admitindo que pode disputar outro cargo. Para completar, Maluf precisa manter sua bancada no Congresso. Na votação da emenda da reeleição, ficou definido que o ex-prefeito tem 43 votos fiéis no seu partido, o PPB. Esses deputados só ficaram fiéis a Maluf porque sabem que ele é uma alternativa de poder nacional, ainda que não seja favorito para vencer a eleição de 98. Os deputados precisam de um candidato a presidente em 98 para apresentar em seus palanques. Também querem se reeleger. Se Maluf se declarasse apenas candidato ao governo de São Paulo, perderia quase que imediatamente metade dessa bancada que lhe permanece fiel no Congresso Nacional. Força política Neste mês de fevereiro, Maluf vai começar a tentar recompor as suas forças políticas. Com um escritório político novo, vai começar a sua campanha para 98. Vai tentar continuar marcando presença na mídia, apesar de não estar exercendo mandato no momento. Texto Anterior: PFL deve esperar até 2002 Próximo Texto: Lula pensa em não concorrer Índice |
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