São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997 |
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Lula pensa em não concorrer
FERNANDO RODRIGUES
Lula já disputou e perdeu duas eleições presidenciais, em 89 e 94. Ficou em segundo lugar nas duas. Perdeu para Fernando Collor de Mello em 89 e para Fernando Henrique Cardoso em 94. A decisão final de Lula só será tomada em 98. Se ele desistisse já de disputar a Presidência, abriria uma guerra interna sem precedentes no partido, que poderia destruir o seu partido. Sem compromisso Na avaliação dos petistas, a eleição de 98 dificilmente escapará das mãos de FHC. Mesmo assim, se Lula quiser, será o candidato do partido. Só que, no caso de Lula desistir, qualquer um vai querer ocupar a vaga de candidato. O motivo é que não há nada mais fácil do que ser candidato sem ter o compromisso de vencer. Uma campanha presidencial projeta o nome do candidato em nível nacional. O PT tem, pelo menos, dez nomes de projeção regional que adorariam ser candidatos à Presidência na eleição de 98. Por causa disso, Lula decidiu que não deve se decidir neste momento sobre a candidatura de 98. Mesmo porque, na sua avaliação, ainda é cedo. Volta ao Congresso Uma possibilidade quase totalmente afastada é voltar à vida parlamentar. Lula foi deputado federal nos anos 80 e diz ter odiado a experiência no Congresso Nacional. Em Brasília, é conhecido que o governador local, Cristovam Buarque, ofereceu a Lula a vaga de candidato ao Senado em 98. O petista teria recusado. O desejo real de Lula seria poder continuar a ser a principal figura do PT e comandar a sua ONG, o Instituto da Cidadania. Texto Anterior: Cargo é obsessão de Paulo Maluf Próximo Texto: PMDB tem 'microcandidatos' Índice |
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