São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997 |
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BC pretende analisar a tese
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A assessoria de imprensa do Banco Central informou que o procurador-geral da autarquia, José Coelho Ferreira, quer obter a tese de doutorado para analisá-la e checar os dados apontados sobre a demora do Banco Central em comunicar fatos supostamente criminosos ao Ministério Público.Segundo o estudo, em 47,02% dos casos o BC demorou mais de dois anos para enviar o ofício sobre a irregularidade. Um resumo sobre os principais pontos abordados pela tese da subprocuradora foi encaminhado pela Folha ao Banco Central com a finalidade de obter uma entrevista com o presidente do órgão, Gustavo Loyola. A assessoria do presidente do Banco Central não agendou a entrevista solicitada pela reportagem da Folha. Os dados constantes da tese da subprocuradora Ela Castilho são atribuídos ao próprio Banco Central, ao Ministério Público e à Justiça Federal. A tese informa ainda que, dos réus denunciados, apenas 3,02% foram condenados. Na avaliação da subprocuradora, o BC -e não o Ministério Público ou a Justiça- é o principal responsável pela impunidade. "Os holofotes estão virados para o Ministério Público e para o Judiciário como se a impunidade acontecesse ali. Essas instâncias não penais são as que detêm as informações sobre crimes econômicos. E quem detém a informação detém o poder", afirma a subprocuradora Ela Castilho. Texto Anterior: Justiça desconsidera crimes financeiros Próximo Texto: Legislação não pune fraudes via computador Índice |
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