São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997
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Falta de dinheiro faz afoxé feminino aceitar homens

DA ENVIADA ESPECIAL

O afoxé Filhas de Oxum tem sete anos e até o ano passado só mulheres desfilavam. A restrição sexual é uma tradição entre os afoxés.
No afoxé mais famoso da Bahia, o Filhos de Gandhy, só homens desfilam. As mulheres são barradas para evitar que os integrantes esqueçam o verdadeiro objetivo do desfile: homenagear os orixás.
Já no Filhas de Oxum o bloco foi feito para reverenciar a força e a beleza femininas.
O bloco leva para as ruas o som e as danças dos terreiros de candomblé. Enfrentando dificuldades financeiras sérias, o afoxé só conseguiu dinheiro para as fantasias quando a presidente, Rosângela Guimarães, pediu dinheiro ao senador Antonio Carlos Magalhães.
Também por causa da falta de recursos, o bloco permitiu a participação de homens
O bloco é dividido em alas, que representam orixás. Cada ala do afoxé tem fantasias diferentes.
A norte-americana Kelly Sabini conheceu o afoxé em 1995, quando chegou a Salvador depois de passar quatro meses no Rio de Janeiro, fazendo pesquisa para sua tese sobre dança afro-brasileira. Kelly ficou 14 meses em Salvador.

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