São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 1997 |
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Jungmann anuncia desapropriação em SP
ABNOR GONDIM
Segundo ele, o governo fará um "mutirão" para vistoriar em dois meses as grandes fazendas localizadas em uma área de 500 mil hectares. Nessa área ainda não foi decidido pela Justiça se a terra é do Estado ou de particulares. Ao ser indagado por que o governo não tomou essa decisão antes, Jungmann negou que o ministério esteja agindo apenas como bombeiro para apagar focos de conflitos fundiários no país. "No Pontal, nossa atuação também será preventiva para impedir que novos conflitos ocorram." O ministro afirmou que a desapropriação das terras improdutivas no Pontal não foi decidida antes em razão de um acordo firmado entre o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e o governo de São Paulo. Pelo acordo, segundo Jungmann, os sem-terra seriam assentados em 43 fazendas no Pontal, que ocupam 490 mil hectares de terras devolutas do Estado. O governo federal está negociando a indenização das benfeitorias dessas fazendas. A fazenda São Domingos, palco do tiroteio após invasão do MST, está fora da área objeto do acordo com o governo paulista, disse o ministro. "O MST desrespeitou o acordo", afirmou. O ministro disse que se colocou ontem à disposição do governador Mário Covas (PSDB) para debater uma solução do problema até com líderes do MST. Covas decide hoje quando e onde será a reunião. O ministro acusou o MST de integrar o "movimento dos sem-lei". "O MST, que invade, é a ala da esquerda dos sem-lei. A UDR, que forma milícia, é a direita", disse Jungmann. Texto Anterior: Limeira terá protesto hoje Próximo Texto: Lições para a Previdência Índice |
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