São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 1997
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Mãe diz que foi ameaçada para doar órgão do filho morto

DA REPORTAGEM LOCAL

Rosalina Vieira Mota, 49, registrou queixa na polícia na qual acusa ter sido pressionada por uma médica do Hospital São Paulo a doar os órgãos de seu filho Maurício Vieira Mota, 19.
Maurício morreu no hospital no último dia 14, devido a um acidente de moto ocorrido em Itapecerica da Serra (Grande São Paulo) no dia 1º de fevereiro.
Rosalina Mota, enfermeira, disse no 16º DP que foi trancada em uma sala por uma médica cujo nome completo não se lembra. Disse lembrar-se apenas de seu primeiro nome: Cláudia.
Segundo ela, a médica teria afirmado que seu filho "já estava com morte cerebral" e que ela deveria autorizar a doação.
Como a mãe hesitou, segundo ela própria, a médica teria feito ameaças verbais.
O diretor clínico do Hospital São Paulo, José Medina, recusou-se a falar com a Folha sobre o assunto, embora tenha sido encontrado em sua sala no hospital. A polícia começou ontem as investigações e aguarda o laudo necroscópico do corpo para saber se algum dos órgãos do rapaz foi retirado.

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